Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), somos o país com a maior taxa de pessoas com transtornos de ansiedade no mundo. Conforme o levantamento da OMS, 9,3% dos brasileiros têm algum transtorno de ansiedade.
Primeiramente vale esclarecer que a ansiedade é uma reação natural do organismo é ela que deixa o corpo em sinal de alerta quando estamos em situação de perigo. Ou seja, ela é bastante importante para nossa sobrevivência.
O problema acontece quando essa reação se torna permanente mesmo em que não se tenha situações reais de perigo. Ao ponto de trazer prejuízos para o indivíduo na área profissional, acadêmica e demais relações em que o indivíduo se encontre, podendo ter assim o que chamamos de transtorno de ansiedade.
Os transtornos de ansiedade incluem transtornos que compartilham características de medo e ansiedade excessivos e perturbações comportamentais relacionados.
O medo é a resposta emocional a ameaça iminente real ou percebida, enquanto ansiedade é a antecipação de ameaça futura.
Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM -V, existem vários tipos de transtornos de ansiedade:
TRANSTORNO DE ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO
MUTISMO SELETIVO
FOBIA ESPECÍFICA
TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL (FOBIA SOCIAL)
TRANSTORNO DE PÂNICO
AGORAFOBIA
TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA
O TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA possui alguns critérios de diagnóstico que consiste em:
A. Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva), ocorre na maioria dos dias,
B. O indivíduo considera difícil controlar a preocupação.
C. A ansiedade e a preocupação estão associadas com três (ou mais) dos seguintes seis sintomas
1. Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele.
2. Fatigabilidade (cansa com facilidade).
3. Dificuldade em concentrar-se ou sensações de “branco” na mente.
4. Irritabilidade.
5. Tensão muscular.
6. Perturbação do sono (dificuldade em conciliar ou manter o sono, ou sono insatisfatório e inquieto).
Lembrando que para considerar como transtorno, a ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos devem causar sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida da pessoa. Além que esses sintomas devem ter duração de pelo menos seis meses, com diversos eventos ou atividades como desempenho escolar/profissional).
Mas então o que podemos fazer a respeito?
Dicas para lidar melhor com a ansiedade:
Existem muitas alternativas para auxiliar, desde medicamentos, psicoterapia até alternativas como meditações, técnicas de relaxamento e de respiração e práticas de atividades físicas.
O uso de medicamento deve ser prescrito por um médico que irá acompanhar as reações e evolução dos sintomas do transtorno.
As psicoterapias demostram resultados eficazes no tratamento desse transtorno, pois ajudam os pacientes no autoconhecimento para lidar com os fatores de deflagram as reações negativas e encontrar formas mais assertivas para lidar com elas.
As terapias complementares como meditação, técnicas de respiração também são auxiliares benéficos. E as atividades físicas ajudam o corpo a liberar substâncias que promovem bem-estar.
Seja qual for, o importante é você buscar ajuda e não ignorar os sintomas que vão surgindo aos poucos e ficando mais intensos com o passar do tempo. Busque ajuda de um profissional qualificado para que você possa ter alívio desse transtorno. E se você conhece alguém que passa por isso, seja empático e o ajude a procurar auxílio.
A OMS alertou para o impacto da pandemia na saúde mental das pessoas. Os resultados são preocupantes, pois o isolamento social, o medo de contágio e a perda de entes queridos são agravados pelo sofrimento causado pela perda de renda/emprego. Refletindo assim no aumento do transtorno de ansiedade na população.
BIBLIOGRAFIA:
CASTILLO, Ana Regina GL et al . Transtornos de ansiedade. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo , v. 22, supl. 2, p. 20-23, Dec. 2000 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462000000600006&lng=en&nrm=iso>. access on 12 Dec. 2020.
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM V-
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SÁUDE (OMS)
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